quarta-feira, 19 de outubro de 2011

São Paulo



Berço do trabalho.
Centro do país.
Metrópole das nações.

Os da minha rua

"A vida às vezes é como um jogo brincado na rua: estamos no último minuto de uma brincadeira bem quente e não sabemos que a qualquer momento pode chegar um familiar a avisar que a brincadeira já acabou e está na hora de jantar. A vida afinal acontece muito de repente (...)."

Ondjaki

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Vamos?

Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também .
Está me entendendo? 
Eu sei que sim. 
Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. 
Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. 
Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. 
Eu te ensino a nadar, juro! 
Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. 
Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

De uma amiga querida ..

Não é a Mariana Morena que está dando o prazer de escrever esse texto, peço desculpas já no começo mas espero que o leitor me dê um voto de confiança e desperte a curiosidade de se perguntar por que uma outra pessoas escreveria no blog da Mari...  Afinal as gavetas são dela e não minhas! Mas quero que nas gavetas dela seja possivel encontrar um poema meu! (Não espero muito, leitor, mas também, não espere pouco!)

Fizeram-lhe amor,
Transformaram a dor
E o uso de metáforas se concretizou
Deixando tudo claro
Nem amor ou dor
Ou amor e dor, e por fim
Fizeram-le a dor
E transformaram o amor

De sua grande e eterna amiga, Rebeca Junqueira

terça-feira, 6 de setembro de 2011

No Coração do Progresso

Há séculos a civilização ocidental vem correndo atrás de tudo o que classifica como progresso. Essa palavra mágica aplica-se tanto à invenção do aeroplano ou à descoberta do DNA como à promoção do papai no novo emprego. “Estou fazendo progressos”, diz a titia, quando enfim acerta a mão numa velha receita. Mas quero chegar logo ao ponto, e convidar o leitor a refletir sobre o sentido dessa palavra, que sempre pareceu abrir todas as portas para uma vida melhor.
Quando, muitos anos atrás, num daqueles documentários de cinema, via-se uma floresta sendo derrubada para dar lugar a algum empreendimento, ninguém tinha dúvida em dizer ou pensar: é o progresso. Uma represa monumental era progresso. Cada novo produto químico era um progresso. As coisas não mudaram tanto: continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mágica. Mas não deixaram de mudar um pouco: desde que a Ecologia saiu das academias, divulgou-se, popularizou-se e tornou-se, efetivamente, um conjunto de iniciativas em favor da preservação ambiental e da melhoria das condições da vida em nosso pequenino planeta.
Para isso, foi preciso determinar
muito bem o sentido de progresso. Do ponto de vista material, considera-se ganho humano apenas aquilo que concorre para equilibrar a ação transformadora do homem sobre a natureza e a integridade da vida natural. Desenvolvimento, sim, mas sustentável: o adjetivo exprime uma condição, para cercear as iniciativas predatórias. Cada novidade tecnológica há de ser investigada quanto a seus efeitos sobre o homem e o meio em que vive. Cada intervenção na natureza há de adequar-se a um planejamento que considere a qualidade e a extensão dos efeitos.
Em suma: já está ocorrendo, há algum tempo, uma avaliação ética e política de todas as formas de progresso que afetam nossa relação com o mundo e, portanto, a qualidade da nossa vida. Não é pouco, mas ainda não é suficiente. Aos cientistas, aos administradores, aos empresários, aos industriais e a todos nós – cidadãos comuns – cabe a tarefa cotidiana de zelarmos por nossas ações que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade de vida. A tarefa começa em nossa casa, em nossa cozinha e banheiro, em nosso quintal e jardim – e se estende à preocupação com a rua, com o bairro, com a cidade.
“Meu coração não é maior do que o mundo”, dizia o poeta. Mas um mundo que merece a atenção do nosso coração e da nossa inteligência é, certamente, melhor do que este em que estamos vivendo.
Não custa interrogar, a cada vez que alguém diz progresso, o sentido preciso – talvez oculto - da palavra mágica empregada.



(Alaor Adauto de Mello)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cidade de contrastes

Renda mensal: US$ 200                                                Renda mensal: US$ 9.000

Expectativa de vida: 64,8 anos                        Expectativa de vida: 76,5 anos 

7% das residências são pintadas                     100% das residências são pintadas

1 homicídio por hora                                                        1 homicídio por dia

Tempo para ir ao trabalho: 120 min.    Tempo para ir ao trabalho: 40 min.

Paranóicos pela falta                                                    Paranóicos pelo excesso


Talvez um pouco mais,
Talvez um pouco menos


Um pouco mais, um pouco menos.
Curta metragem de 2002.
Direção: Marcelo Masagão
Co-Direção: Gustavo Steinberg
Música: Wim Mertens

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ê paixão


Hoje, presenciei uma cena clássica em homenagem ao dia dos namorados.  Uma apaixonada ao telefone com o seu amado... 'Voxê me ama neném?' 'namolado lindo' 'sou apassonada por voxê'
Só eu acho isso uma bobagem? Alguém diz que não, por favor!
As pessoas quando se apaixonam, ficam cegas, e no pacote vem uma criança junto? . Já sei. Bobeira da paixão.
 'amoli da minha vita' 'nosso anivelssalio de namolo' Ecat, Me dá até náusea.
 Ok, muitos devem achar que eu sou insensível. Mas isso não se faz!
Pior do que falar com voz de neném é falar em publico com voz de neném. E pior do que falar em publico com voz de neném é falar coisas não apaixonadas em publico com voz de neném
 'Voxê vai à academia hoxi meu plinxipe?'  É o cumulo da paixonite.

Feliz dia dos namorados atrasado!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Con te Partiro



Su le finestre
mostra a tutti il mio cuore
che hai accesso,
chiudi dentro me
la luce che
hai incontrato per strada.
 
 
Con te io li rivivro.
Con te partiro
su navi per mari
che, io lo so,
no, no, non esistono piu,
con te io li rivivro.
Con te partiro
Io con te.
 
 

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Entre corações e joelhos.





Hoje eu escutei uma frase... “Gostaria de ser voltar a ser criança, porque joelhos cicatrizam mais rápidos do que o coração”
Ok, eu não era loirinha assim, mas me lembro como se fosse hoje, minha mãe me colocando de castigo por ter rasgado a calça novinha de tactel do uniforme.
Hoje, as coisas mudaram, a pequenina cresceu, e se machuca de outras formas, e minha mãe  ao meu lado sempre diz pro meu coração se acalmar, que alguém especial com certeza vai chegar.

domingo, 29 de maio de 2011

Samba Meu


É que quando começa o coração vibra junto com o surdo, os pés querendo fazer graça e a emoção tomando conta. Parece algo tão extraordinário... Mas é! O samba. “E quem não gosta de Samba bom sujeito não é!” Como não gostar dessa energia boa, como ficar parado com Tum Tum rolando...
“E quem se atreve a me dizer, do que é feito o samba”... É feito de força, de alegria, de união,  muito sorriso, e de preferência acompanhado por uma boa feijoada
Só peço... “Quando eu não puder pisar mais na avenida, quando as minhas pernas não puderem agüentar. Levar meu corpo junto com meu samba, meu anel de bamba, entrego a quem mereça usar...”